Tá, não é como se eu conseguisse muito tempo para rejogar ou pegar games do passado para segundas chances, mas me coloquei a disposição de experimentar uma das peripécias do passado da Game Freak, lá dos tempos do saudoso Nintendo 3DS (que Deus o tenha, amém) e que eu não tive tempo de dar a atenção merecida na época.
Pocket Card Jockey é um sopro de brilhantismo dentro de um estúdio viciado em tropeços e em sua repetição formulaica da tradicional (e amada, inclusive por mim) franquia bilionária, que move montanhas de fãs ao redor do globo. Longe de mim apontar dedos agora para criticar Pokémon, principalmente após um ano emplacando dois títulos (que eu adorei) em que um é impressionante e o outro... impressiona também, mas por motivos controversos.
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Eu não acho que a Game Freak deveria focar apenas em Pokémon. Afinal, criativos eles são. Só falta tempo, mas isso não vem ao caso agora.
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Imagine por um instante uma mistura de corrida de cavalo com o tradicional jogo Paciência - sim, o de baralho. Não conseguiu imaginar? É. Eu entendo. E é nessa louquíssima bagunça que os criadores de Pokémon acertam em cheio.
Na pele de um fracassado jockey, Pocket Card Jockey nos coloca em uma missão difícil: se tornar um campeão do hipismo. Sem talento e preparo, nosso protagonista sofre um acidente e morre em sua primeira corrida. Em um momento de transição do mundo carnal para o espiritual, o Deus dos cavalos nos oferece a ressurreição e nos abençoa com sua magia. Ao voltar a vida, ganhamos o poder de, enquanto corremos com nossa montaria, podermos jogar (em nossa mente, pelo que entendi) uma partida de Paciência. Se formos bem no jogo... vamos bem na corrida de cavalos.
Loucura? É sim. Eu sei, mas funciona DEMAIS!
Tudo é redondo em uma gameplay viciante, elegante e repleta de elementos que escancaram a essência da Game Freak. Tem muito de Pokémon (por incrível que pareça) e um tanto de frescor. São cartas especiais, combos, diferentes cavalos para evoluir, estratégias insanas e tudo isso inserido em um micro-universo muito particular. Nada é fora do lugar.
Não botou fé? Eu te desafio a experimentar. Tá no 3DS e agora também no iOS (Apple Arcade, inclusive) e Android.
Para quem é esse tal de Pocket Card Jockey?
Aos amantes de cardgames e jogos com combates elaborados, o game pode ser uma bela pedida. Apesar de utilizar o Paciência como sua base, Pocket Card Jockey cruza a fronteira e mistura elementos tradicionais de jogos de cartas com características de RPG, como boosts de poder, experiência para evoluir seus cavalos, habilidades especiais e estratégias que precisam ser boladas em tempo real.
Saca a vibe:
Bem-vindo a pictobox.
Eu me chamo Daniel Schettini (mas pode chamar de Dan, prazer) e sou roteirista de cinema, com anos de trabalho no mercado de videogames e entretenimento na internet. Tenho passagens por grandes canais do YouTube, portais, organizações de esports e também a mídia independente, além de ser host do podcast UP.
Este foi o meu texto de abertura na pictobox., a newsletter que nasceu com o intuito de me fazer voltar a escrever com constância sobre videogames, mas e maneira totalmente pessoal.
Toda semana trarei uma indicação de algum título que eu tenha jogado (ou esteja jogando) recentemente. O formato pode ser mutável, mas a periodicidade, a princípio, será nesse esquema semanal.
Fique à vontade e nos vemos semana que vem!
Já faz uns dias q eu vejo o Dan falando desse jogo, fiquei bem afim de jogar ele, principalmente por pq adoro paciência.